Obras completas de Nicolau Tolentino de AlmeidaEditores Castro, Irmão & C.a, 1861 - 388 páginas |
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Página 18
... não doura a vil lisonja enganos : Vinde , senhora , aqui passar cem vezes O faustissimo dia d'estes annos . 1 ) Tem allusão ao primeiro soneto da pagina 8 . Á CONDESSA DO VIMIEIRO Aos pés da illustre Vimieiro um -18-
... não doura a vil lisonja enganos : Vinde , senhora , aqui passar cem vezes O faustissimo dia d'estes annos . 1 ) Tem allusão ao primeiro soneto da pagina 8 . Á CONDESSA DO VIMIEIRO Aos pés da illustre Vimieiro um -18-
Página 71
... enganos , Que venal lisonja approva ; Sabidas verdades digo , E sou d'ellas uma prova ; Sou um dos muitos exemplos Do vosso bom coração ; A minha felicidade Foi obra da vossa mão ; Razoando em meu favor Contra teimosos destinos ...
... enganos , Que venal lisonja approva ; Sabidas verdades digo , E sou d'ellas uma prova ; Sou um dos muitos exemplos Do vosso bom coração ; A minha felicidade Foi obra da vossa mão ; Razoando em meu favor Contra teimosos destinos ...
Página 189
... enganos ; A vida não é louvor : Pois tambem vivem tyrannos : Eu venho , illustre senhor , Louvar obras , e não annos . De homem commum não se exime Quem não tem virtudes claras : É pouco fugir do crime : Consagram - se as almas raras A ...
... enganos ; A vida não é louvor : Pois tambem vivem tyrannos : Eu venho , illustre senhor , Louvar obras , e não annos . De homem commum não se exime Quem não tem virtudes claras : É pouco fugir do crime : Consagram - se as almas raras A ...
Página 190
... enganos ; E seja a sua ventura O louvor dos vossos annos . Mas , senhor , moços poetas Vinguem meus esforços vãos : Musas zombam de jarretas : Pedem - me as tremulas mãos , Mais do que lyra , moletas . Fogosos vates emprehendam Altos ...
... enganos ; E seja a sua ventura O louvor dos vossos annos . Mas , senhor , moços poetas Vinguem meus esforços vãos : Musas zombam de jarretas : Pedem - me as tremulas mãos , Mais do que lyra , moletas . Fogosos vates emprehendam Altos ...
Página 204
... enganos deslisas ; Que sabes vencer desgostos ; Que a lisonja ufana pisas ; Que não vês sómente os rostos ; Que até corações divisas ; Tu , que da séria prudencia Segues os dictames puros ; Que tens amado a innocencia , E nos conselhos ...
... enganos deslisas ; Que sabes vencer desgostos ; Que a lisonja ufana pisas ; Que não vês sómente os rostos ; Que até corações divisas ; Tu , que da séria prudencia Segues os dictames puros ; Que tens amado a innocencia , E nos conselhos ...
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Pasajes populares
Página 38 - Por contrabandos ter; elle sciente Chama a quadrilha, corre diligente, Entra, busca, e não acha o malsinado. Acha a mulher, que tinha por toucado A torre de Belem: ella que o sente, Banhada em pranto, desmaiada a frente, Prostra por terra o corpo delicado.
Página xxxix - Todos os versos leu da Estátua [Equestre, E todos os famosos entremezes, Que no Arsenal ao vago caminhante Se vendem a cavalo num barbante.
Página lxv - E das suas sátiras ninguém se pode escandalizar: começa sempre por casa, e primeiro se ri de si antes que zombeteie com os outros. As pinturas dos costumes, da sociedade, tudo é tão natural, tão verdadeiro! Confesso que de todos os poetas que meu triste mister de critico me tem obrigado a...
Página 241 - Te poz a marca funesta Na madeixa branqueada; Teu estro, falto de meios, Já furta mais do que imita; Vás dando airosos passeios, E todo o povo te grita, «Larga os vestidos alheios...
Página 39 - A filha o ponha ali, ou a criada: A filha, moça esbelta, e aperaltada, Lhe diz co'a doce voz, que o ar serena: «Sumiu-se-lhe um colchão, é forte pena; Olhe não fique a casa arruinada:» «Tu respondes assim ? tu zombas disto ? Tu cuidas que por ter pai embarcado, Já a mãe não tem mãos?
Página 234 - Onde metiamos a mão: Veremos o vão peralta Calcando importuna lama, , Que as alvas meias lhe esmalta, Na esteira de esquiva dama, Que de pedra em pedra salta : Aos cafés iremos...
Página lvi - Quelques vers toutefois qu'Apollon vous inspire, En tous lieux aussitôt ne courez pas les lire. Gardez-vous d'imiter ce rimeur furieux Qui, de ses vains écrits lecteur harmonieux, Aborde en récitant quiconque le salue, Et poursuit de ses vers les passants dans la rue. Il n'est temple si saint des anges respecté, Qui soit contre sa muse un lieu de sûreté. Je vous l'ai déjà dit : aimez qu'on vous censure, Et, souple à la raison, corrigez sans murmure ; Mais ne vous rendez pas dès qu'un sot...
Página 231 - Dei-te os cuidados e os dias; De tudo já foste dono, Restam só melancolias; Que glória te dá um trono Posto sobre cinzas frias? Teus golpes de mim que esperam? Dá fôlego a escravos mancos Que em teu carro entorpeceram; Deixa em paz cabelos brancos Que entre os teus ferros nasceram. Sente-se nisto — ou estarei iludido? — a baça melancolia com que desmaiam na água os últimos...
Página liv - Nicolau Tolentino é o poeta eminentemente nacional no seu genero: Boileau teve mais força, mas não tanta graça como o nosso bom mestre de rhetorica. E de suas satyras ninguem se pode escandalizar; começa sempre por casa, e primeiro se ri de si antes que zombeteie com os outros.
Página 373 - ... o desconcerto das acções, a philosophia mal entendida que caminha a passo cheio á devassidão de costumes, são os crimes de que o vulgo errado accusa...